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domingo, 20 de janeiro de 2013

Processo do Pastor da Igreja da Maconha deverá ter sentença nos p´roximos 30 dias



Pastor teria dito que a maioria dos milagres que Cristo teria realizado, o teria feito sob efeito da maconha

A Justiça de Americana (127 km de São Paulo) decretou o sequestro dos bens de Geraldo Antonio Baptista, o Rás Geraldinho Rastafári, 53, líder da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil, conhecida como "igreja da maconha". Ele está preso desde 15 de agosto do ano passado. Na ocasião, dois jovens de 18 anos foram presos e um adolescente foi apreendido na sede da igreja consumindo maconha. Além disso, a Gama (Guarda Armada Municipal de Americana) também apreendeu naquele dia pés de maconha no local.

A medida inclui o imóvel que é sede da Igreja, no bairro Praia dos Namorados, em Americana. Segundo Marlene Martins, mulher de Geraldinho e uma das responsáveis pela igreja, enquanto ele está preso, a medida não tem alterado a rotina de cultos.

"Perdemos nossa liderança, então o movimento cai um pouco. Muitos universitários, principalmente, ficaram com receio após a prisão. Mas continuamos funcionando normalmente", disse ela. Procurado, o Ministério Público não se pronunciou sobre o caso.

Assim como a seita do Santo Daime pode usar a erva alucinógena ayahusca para fins religiosos, também a Igreja da Maconha pretende a utilização da Canabis para o mesmo fim. Os advogados da seita são os mesmos da seita do Santo Daime
A última audiência do caso foi no dia 17 de janeiro, quando foram ouvidas três testemunhas de defesa e uma de acusação.  "O advogado de defesa fez um requerimento para substituir a fase de debates por entrega de memoriais escritos. O promotor concordou e eu deferi", disse o juiz que cuida do caso, Eugênio Clementi Junior, da 2ª Vara Crirminal de Americana.

Bem mais magro do que quando foi preso e de cabeça raspada, Geraldinho chegou ao Fórum de Americana por volta das 14h10. Ele foi recepcionado por um grupo de aproximadamente 40 pessoas, algumas delas vindas em uma van fretada em São Paulo, que protestavam em frente ao local.

A defesa alega que Geraldinho cultivava maconha para uso religioso, algo permitido pela legislação brasileira. A droga seria consumida apenas em ocasiões de culto. O argumento pela liberação é o mesmo usado pela religião do Santo Daime, que usa nas cerimônias um chá elaborado com a erva alucinógena ayahuasca.

“Nossos advogados são os mesmos, e nosso objetivo é provar que podemos usar a cannabis ritualmente”, explica Marlene.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/17/justica-adia-sentenca-do-lider-da-igreja-da-maconha-por-30-dias.htm

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